Coccidioses
Introdução
Coccidiose é o termo genérico que designa as infecções causadas por protozoários da sub-classe Coccidiasina. Compreende as espécies Toxoplasma, Neospora, Eimeria, Cystoisospora, Cryptosporidium, Sarcocystis e Hammondia.
Cryptosporidiose
Introdução
Doença intestinal, caracterizada por um quadro severo de diarréia liquida, acompanhada de cólicas abdominais, anorexia, vômito, desidratação, náusea e febre. Este quadro sintomático inicia-se de 2 a 10 dias após infecção, persistindo de 1 a 2 semanas, podendo se agravar em pacientes imunodeprimidos. Os sintomas podem aparecer em ciclos, uma fase de melhora e outra de piora do quadro. Algumas infecções podem ser assintomáticas. A infecção por Cryptosporidium parvum, pode acometer o trato respiratório, apresentando como sinais clínicos: tosse e febre, acompanhada de severa diarréia liquida.
Agente etiológico
O agente causal ( Cryptosporidium sp.), é um protozoário coccídeo, parasita intracelular intestinal que infecta diversas espécies animais, como: aves, cães, gatos, roedores, répteis, ovinos, bovinos, entre outros; porém somente o Cryptosporidium parvum é conhecido por infectar seres humanos. O Cryptosporidium é conhecido como um dos maiores causadores de doenças transmitidas por água nos Estados Unidos, podendo também ser encontrado no solo, alimentos e superfícies contaminada por fezes. O parasita possui uma camada protetora que o permite sobreviver fora do hospedeiro por muito tempo, além de proteger contra a desinfecção. A forma infectante é o oocisto, contendo esporocistos altamente resistentes a desinfetantes, porém susceptíveis a dessecação e radiação ultravioleta.
Ciclo biológico
- Os oocistos são imediatamente infectantes quando eliminados com as fezes
- Dois tipos de oocistos são formados:
-de parede espessa: excretado nas fezes;
-de parede delgada: se rompe no intestino delgado e é responsável pela auto-infecção.
Transmissão
- Ingestão ou inalação de oocistos
- Auto-infecção (oocistos de parede delgada)
- A contaminação do meio ambiente com fezes infectadaspode atingir alimentos e fontes de água para consumo ou recreação, resultando em surtos
Patogenia e sintomas
- Indivíduos Imunocompetentes A Criptosporidiose foi durante algum tempo considerada como doença de indivíduos imunodeficientes, entretanto, nos últimos anos tem sido observado que a doença é relativamente freqüente em pessoas imunocompetentes.
- As alterações provocadas pelo Cryptosporidium nas células da mucosa gastrintestinal interferem nos processos digestivos e resultam na síndrome da má absorção.
Indivíduos Imunocompetentes:
- Assintomáticos;
- Sintomáticos: Diarréia: Autolimitada → cura espontânea
- Intensa (≅ 20 evacuações/dia)
- Outros sintomas: dor abdominal, náuseas e vômitos, perda de peso, desidratação.
Indivíduos imunocomprometidos:
- Diarréia crônica e intermitente acompanhada de cólicas abdominais, perda de peso acentuada, febre alta e vômitos
- A intensidade e duração da diarréia está diretamente relacionada ao número de células T CD4 +.
- Manifestações extra-intestinais podem ocorrer em pacientes com AIDS (hepatite, pancreatite e criptosporidiose respiratória).
Diagnóstico
- Biópsia ou raspado da mucosa intestinal;
- Exame de fezes por métodos de concentração;
- Métodos de coloração (Ziehl-Neelsen modificado);
- Exames imunológicos (pesquisa de anticorpos circulantes).
Epidemiologia
- Aumento da densidade populacional;
- Temperaturas médias e umidades elevadas;
- Os oocistos se dispersam facilmente por ação do vento e são veiculados por insetos;
- Permanecem infectantes no meio ambiente por várias semanas;
- Os oocistos são resistentes à ação da maioria dos desinfetantes usuais.
Tratamento
- Nenhuma droga apresentou eficiência comprovada;
- Cura espontânea em indivíduos imunocompetentes;
- Para indivíduos imunocomprometidos: Azitromicina ou roxitromicina: inibidores da síntese protéica do parasito – persistência de oocistos nas fezes –reativação da infecção e Nitazoxanida: maior eficácia em imunocomprometidos
Profilaxia
- Cuidados especiais com a higiene pessoal em ambientes com alta densidade populacional como creches, hospitais, etc;
- Proteção dos alimentos e tratamento da água;
- Tratamentos dos indivíduos contaminados;
- Uso de privadas ou fossas para evitar a contaminação do meio ambiente.
Referências bibliográficas
http://www2.ucg.br/cbb/professores/19/Enfermagem/Cryptosporidiumparvum.pdf
http://www2.ucg.br/cbb/professores/19/Enfermagem/Cryptosporidiumparvum.pdf
ftp://ftp.cve.saude.sp.gov.br/doc_tec/hidrica/ifnet_cryptos.pdf
http://xa.yimg.com/kq/groups/29904052/504546462/name/Parasitoses+emergent...
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