domingo, 3 de fevereiro de 2013

Coccidioses-Eimeria



Coccidioses

Introdução
Coccidiose é o termo genérico que designa as infecções causadas por protozoários da sub-classe Coccidiasina. Compreende as espécies Toxoplasma, Neospora, Eimeria, Cystoisospora, Cryptosporidium, Sarcocystis e Hammondia.


Eimeriose

        Doença causada por diferentes espécies  do gênero Eimeria, que possuem diferentes graus de patogenicidade ,são caracterizadas pela morfologia do oocisto esporulado e são espécie-especificas.
     É  uma doença de caráter agudo que afeta principalmente ruminantes e animais jovens, causando diarreia e perda de peso. Tanto a morbidade quanto a mortalidade são altas e é  de alta prevalência no Brasil, com ou sem sintomas .

Patogenia
  • Infecção por várias espécies simultaneamente;
  • Alterações e modificações nos tecidos;
  • Perda de células epiteliais;
  • Enterite;
  • Espessamento da parede intestinal;
  • Destruição das vilosidades;
  • Alterações na permeabilidade da mucosa intestinal;
  • Perda de proteínas e má absorção de nutrientes;
  • Lesões no intestino com hemorragias.
Sinais e sintomas
  • Dependem da espécie de Eimeria, da dose infectante (carga parasitária) e da resistência orgânica do hospedeiro;
  • Morte súbita dos animais susceptíveis ou reação discreta nos animais imunes;
  • Diarreia com muco ou com sangue;
  • Diminuição da conversão alimentar levando a perda de peso, diminuição do crescimento, anorexia, fraqueza, desidratação e queda na produção.
Fatores relacionados a doença:
  • Instalação do protozoário na célula, quanto mais profundo, mais patogênico;
  • Virulência do parasita: cepas mais virulentas penetram mais profundamente;
  • Resistência do ambiente: Os esporulados resistem mais no ambiente. Por exemplo se uma cepa leva 10 h para esporular, é menos resistente do que aquela que leva 1 h;
  • Capacidade reprodutiva do agente: multiplicação mais rápida da Eimeria sob condições de stress, devido a queda de imunidade, podendo ocorrer também no caso de doenças concomitantes;
  • Idade do hospedeiro: mais jovens (1ª semana e 1º mês de vida) são mais susceptíveis , pois não possuem imunidade desenvolvida;
  • Imunidade: não gera imunidade prolongada e nem imunidade cruzada entre as espécies;
  • Substituições de células infectadas por tecido cicatricial comprometem permanentemente a conversão alimentar;
  • Influencia da temperatura ambiente e umidade, pois quando mais frio menos vai esporular;
  • Susceptibilidade do hospedeiro a Eimeria.
Diagnóstico
  • Anamnese: histórico de diarreia, categoria animal acometida, tipo de manejo;
  • Sinais clínicos: diarreia sanguinolenta ou mucosa com fragmentos de epitélio intestinal, e fétida. associada ao tenesmo (dificuldade de defecar) e dilatação do esfincter anal. Perda de apetite, debilidade orgânica em animais jovens.
  • Exames de fezes, diagnóstico de rebanho, método de flutuação.
  • Necrópsia: lesões macroscópicas á necropsia, demonstração do parasito nos raspados de mucosa intestinal (PCR).
Tratamento
  • Drogas coccidiostáticas;
  • Drogas agem nas fases finais de desenvolvimento do parasito;
  • Retarda ou inibe re-infecções para aumentar a imunidade do animal, reduz a quantidade de oocistos no ambiente.
  • Tratamento estratégico evita reinfecção, diminuição do ganho de peso e contaminação do ambiente. Obs: não colocar no cocho por que nem todos os animais são dosificados; e cuidado com produtos não formulados para determinadas espécies animais;
  • Tratamento preventívo: ampolio, antibióticos ionóforos (lasalocida, monensima,salinomicina) toltrazyrel (aves e suínos) decoquinato.
  • Tratamento curativo: ampolio, sulfonamidas (interferem no ganho de peso); sulfaquinoxalina e sulfamite; indicações especiais no puérperio, desmame, transporte, mudança de dieta (3 a 5 semanas de uso).
Profilaxia e controle
  • Medidas de ordem geral: diminuir a ingestão de oocistos por animais jovens e susceptíveis;
  • Hospedeiro: separação por faixa etária, evitar alta densidade animal (carga parasitária);
  • Ambiente: limpo, seco e com boa higiene; descontaminação de comedouros, bebedouros; tipos de piso/cocho (concreto, cascalho); tipos de cobertura para favorecer o isolamento; destino das excretas, densidade animal, desinfecção com amônia, formalina, calor, insolação, dissecação; sistema all in all out.

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